terça-feira, 25 de maio de 2010

A Escrita Cónia: A Idade do Bronze

“Os trabalhos de Caetano Beirão revelaram-nos uma primeira Idade do Bronze do Sudoeste com fortes influências da cultura mediterrânea de el-Argar, com o coração no sul do actual território espanhol. Mas na época seguinte, designada por Bronze II, já se observa uma individualização na aparição de esculturas cobrindo as sepulturas e em que surgem desenhadas armas e utensílios diversos. Segundo deduz Caetano Beirão, a transição entre o Bronze Final e o Ferro I é pouco definida, uma conclusão a que chega através da descoberta de diversas estelas esculpidas ao lado de outras que já apresentam inscrições e em horizontes temporais praticamente idênticos. Beirão encontra exemplos destes encontros nas estações de Corte do Freixo e de Alfarrobeira. É neste período que surge a Cultura das Estelas Gravadas que tem testemunhos em Ervidel (Baixo Alentejo), Figueira (Lagos) e na necrópole de Bensafrim (Algarve).”

Armas e ornamentos da Idade do Bronze

O Indo-Europeu

O indo-europeu é uma família (ou filo) composta por diversas centenas de línguas e dialetos,[1] que inclui as principais línguas da Europa, Irã e do norte da Índia, além dos idiomas predominantes historicamente na Anatólia e na Ásia Central. Atestado desde a Era do Bronze, na forma do grego micênico e das línguas anatólias, a família tem considerável significância no campo da linguística histórica, na medida em que possui a mais longa história registrada depois da família afro-asiática.

As línguas do grupo indo-europeu são faladas por aproximadamente três bilhões de falantes nativos, o maior número entre as famílias linguísticas reconhecidas. A família sino-tibetana tem o segundo maior número de falantes, enquanto diversas propostas controversas fundiram o indo-europeu com outras das principais famílias linguísticas.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Turistas pagam para trabalhar em escavações arqueológicas em Israel

Em Israel, turistas pagam 25 dólares (cerca de R$ 52) para passar o dia escavando em ruínas do Parque Nacional de Beit Guvrin, em Jericó. Eles não só escavam como peneiram o material retirado dos sítios arqueológicos.

Por ano, de 30 a 50 mil turistas pagam para participar da escavação. A entidade que desenvolve o trabalho arrecada cerca de 1 milhão de dólares anualmente com o projeto, que já acontece há 25 anos. Caso alguma descoberta seja importante, é devidamente catalogada pela instituição.

As ruínas da Terra Santa atraem principalmente turistas cristãos e jovens judeus. Segundo os organizadores, a iniciativa dá a chance de as duas culturas se sentirem mais ligadas às suas origens.

Voluntários para escavação arqueológica

Estão abertas as inscrições para voluntários que queiram participar na 2ª campanha de escavações arqueológicas a decorrer na «casa romana» do Castro de São domingos (área em vias de classificação localizada na freguesia de Cristelos, concelho de Lousada), entre os dias 12 e 30 de Julho de 2010.

Para mais informações:

manuel.nunes@cm-lousada.pt

arqueologia@cm-lousada.pt

http://www.pportodosmuseus.pt/?p=9670

Escavações Arqueológicas em Loulé - Banhos Islâmicos

Em Loulé a população e a autarquia juntaram forças e descobriram os primeiros banhos públicos islâmicos (século XIII) que podem ser vistos a olho nu em Portugal.
A descoberta foi fruto de escavações arqueológicas recentes que hoje conheceram mais um capítulo do trabalho voluntário coordenado por profissionais de arqueologia.
A britânica Rose Oliveira, 48 anos, egiptóloga e a morar há mais de 20 anos no Algarve é apenas uma das várias voluntárias da população louletana que participa nas escavações arqueológicas da cidade algarvia.

Com o objectivo de juntar profissionais da arqueologia e população em geral à roda de artefactos e construções islâmicos arrancou no Verão passado com o Festival do Mediterrâneo (MED) e a sorte bateu nas muralhas da cidade de Loulé, onde pela primeira vez em Portugal se pôde ver de perto os banhos públicos islâmicos.
Além das paredes islâmicas, com um metro e 80 de altura de pé direito, que se encontraram dentro da muralha que contorna a cidade, encontramos também as «instalações dos banhos públicos islâmicos que são os únicos em Portugal que se podem ver», porque embora existam outros só se conhecem através de documentos e outros testemunhos escritos, contou a arqueóloga municipal Isabel Luzia.
A egiptóloga Rose Oliveira e a menina Olívia, 10 anos, também inglesa e voluntária nos trabalhos arqueológicos, estiveram ambas esta manhã com picaretes, pás, colherins e baldes à volta dos banhos islâmicos e nem o frio do Inverno as afastou do serviço.

A pequena Olívia, que assegurou à Lusa sonhar em ser arqueóloga quando crescer, foi aluna de Rose Oliveira e pertence ao Clube de Egiptologia em Loulé. Foi assim, através do clube, que soube como participar voluntariamente nas escavações.
Mas nem só crianças e jovens participam nas escavações de Loulé. Reformados, bancários, famílias inteiras, farmacêuticos e domésticas também gostam de dar uma cavadela e carregar uns baldes de terra.

«Acho isto [escavações] viciante, porque temos sempre a ilusão de encontrar algum vestígio! Além disso é um trabalho que tem de ser feito», explicou Cândida Paz, 64 anos, adepta ferrenha das escavações, não falhando ainda nenhuma das quatro saídas para o terreno, e contabilizando 12 horas de trabalho arqueológico.
Com a «ideia de pôr toda a gente a escavar», uma iniciativa dos serviços de Arqueologia e Restauro da Divisão de Cultura da Câmara de Loulé, o objectivo é fazer do espaço da descoberta daqueles preciosos vestígios islâmicos «um espaço museológico», assegurou o responsável pela Divisão da Cultura de Loulé, Luís Guerreiro.

«Criar um espaço museológico é uma mais valia para o turismo cultural da cidade e nasce exactamente na zona histórica», refere Luís Guerreiro, visivelmente orgulhoso com os achados islâmicos.
Com calçado e vestuário apropriados, além da vacina do tétano em dia - as únicas contrapartidas para ali escavar, - todos os ajudantes ganharam já a sensibilidade de que na arqueologia tem de se ser paciente e que nenhum vestígio tem valor se não for devidamente identificado e guardado em sacos de plástico transparentes.

Uma outra recente descoberta foi a de um esqueleto que se pensa ser de um jovem homem que terá vivido há 800 anos e que durante a conquista cristã terá caído da torre islâmica, junto à muralha, especula a arqueóloga, que aguarda os resultados das análises do Museu de antropologia de Coimbra.

«As descobertas foram todas realizadas dentro da Casa das Bicas, até há pouco tempo habitada e que escondia os banhos islâmicos e colunas góticas no seu interior. As descobertas só estão no início, ainda falta mais de metade da casa para investigar», adverte a arqueóloga com um brilho no olhar.

"Com a parceria da autarquia com a UAlg, os alunos do curso de Arqueologia, tiveram e ainda continuam a ter oportunidades de escavar em Loulé, os banhos islâmicos, descoberto há pouco tempo. Estas escavações servem como uma aprendizagem prática inicial para que os alunos tenham um contacto real com o mundo arqueológico, de maneira a aprenderem e a aperfeiçoarem as tecnicas de escavação, para um futuro arqueológico".  


terça-feira, 20 de abril de 2010

CABO VERDE PARTICIPA NA EXPO 2010

14 Abr, 14:26h

Mostrar a cultura

Cidade da Praia, 14 de Abril – “Melhor Cidade, Melhor Vida” é o lema que Cabo Verde leva até à Expo 2010, em Xangai.

O país vai “dar a conhecer a sua diversidade cultural e mostrar ao mundo todo o seu percurso histórico enquanto elo de ligação entre continentes”, noticia a agência Lusa.

A ministra da Descentralização e Ordenamento do Território cabo-verdiana, Sara Lopes, disse ao órgão que a participação vai centrar-se no “global e pequeno, para mostrar ao mundo a diversidade cultural construída no cruzamento dos povos”.

No pavilhão de Cabo Verde na Expo-Xangai vão estar representadas as cidades de Ribeira Grande Santiago - Cidade Velha, a Cidade da Praia, Mindelo e ainda a ilha do Sal.

Segundo a Lusa, o dia dedicado a Cabo Verde ocorre a 10 de Julho, em que o arquipélago apresenta um espectáculo musical com Cesária Évora e Mayra Andrade. Nesse mesmo dia, o reitor da Universidade de Cabo Verde, António Correia e Silva, apresenta uma palestra sobre a realidade cabo-verdiana de “cidades porto”.

Para além da música e do ensino, a participação de Cabo Verde vai fazer-se notar através da gastronomia e de workshops.

Divulgar a cultura cabo-verdiana é um dos objectivos desta participação.

A China recebe ainda, em Outubro, uma semana da cultura cabo-verdiana, que fecha a participação de Cabo Verde na Expo 2010.

NC

TERTÚLIA SOBRE A CIDADE VELHA

14 Abr, 09:00h

Na Casa Djibiloto

Ribeira Grande de Santiago, 14 de Abril – Na próxima sexta-feira, “O Sítio Histórico da Cidade Velha e os seus Monumentos” vai ser tema de uma tertúlia. Uma espécie de conversa informal que pretende comemorar os 550 Anos do Achamento e que vai decorrer, a partir das 17H00, na Casa Djibiloto.

Segundo a Câmara Municipal da Ribeira Grande de Santiago, a tertúlia é destinada sobretudo a estudantes universitários, mas também a todos quantos estejam interessados em participar. Na ocasião vão estar presentes diversas personalidades ligadas à investigação histórica.

A iniciativa antecipa os actos promovidos pela Comissão Nacional para a Celebração dos 550 Anos do Achamento que vão assinalar o Dia Mundial dos Sítios Históricos, 18 de Abril.

NC

Dia Mundial dos Monumentos e Sítios

16 Abr, 08:56h

VISITAS GUIADAS AO CENTRO HISTÓRICO DA CIDADE VELHA

Ribeira Grande de Santiago, 16 de Abril – No âmbito das Comemorações do Dia Mundial dos Monumentos e Sítios, que se assinala já este Domingo, dia 18 de Abril, a Direcção do Instituto da Investigação e do Património Culturais organiza, em concertação com a Câmara Municipal da Ribeira Grande de Santiago, uma visita guiada aos moradores da Cidade Velha a todos os monumentos do Sitio Histórico - Património Mundial. As actividades arrancam às 10H30 da manhã, no Centro do Sítio Histórico Património Mundial.

Neste mesmo dia a entrada a todos os monumentos do país é livre.

Celebrar a diversidade patrimonial é um dos propósitos deste dia 18 de Abril, mas é uma data que pretende ainda comemorar o património nacional, celebrando também a solidariedade internacional em torno da salvaguarda e da valorização do património de todo o mundo.

Recorde-se que o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios foi criado em 18 de Abril de 1982 e aprovado pela UNESCO no ano seguinte. A partir de então, esta data comemorativa tem vindo a oferecer a oportunidade de aumentar a consciência pública relativamente à diversidade do património e aos esforços necessários para o proteger e conservar, permitindo, ainda, alertar para a sua vulnerabilidade.

NC

CIDADÃOS RESIDENTES EM CABO VERDE E NA DIÁSPORA ORGANIZAM-SE EM DEFESA DO PATRIMÓNIO CULTURAL

20 Abr, 17:01h


ADEMOS - Associação de Defesa de Monumentos e Sítios

Cidade da Praia, 20 de Abril – Um grupo de cidadãos residentes em Cabo Verde e na Diáspora decidiu criar uma associação que defenda o património cultural. Chama-se ADEMOS - Associação de Defesa de Monumentos e Sítios e é constituída por profissionais de diversos sectores, entre arquitectos, artistas, engenheiros, técnicos e homens de ciências e da cultura, “com o objectivo de contrariar o abandono e a consequente degradação do património cultural e propor a sua valorização”, refere a nova associação em comunicado.

“Este movimento surge no seguimento das actividades, visando à preservação da antiga casa do Dr. Adriano Duarte Silva (ora denominada Casa Adriana), desenvolvidas por dois movimentos: o grupo do Mindelo e o grupo da Diáspora, signatários da Petição Salvaguarda da antiga residência da família Duarte Silva no Mindelo”, pode ler-se no documento.

“O nascimento desta associação resulta da verificação de grandes afinidades culturais entre os grupos, a identidade de ideias e objectivos e de pontos de vista comuns sobre a problemática do património. Chegou-se à conclusão que a melhor estratégia a seguir, para sairmos vitoriosos desta campanha de luta contra a demolição da casa, devia consistir na concertação e concentração dos nossos esforços”, refere a nota.

Fruto do que considera ser “a delapidação crescente do património de Cabo Verde, resultante, entre outras causas, da manifesta negligência, por parte do estado e das autarquias locais, mas também da indiferença da população”, a comissão instaladora da ADEMOS, garante que a associação pretende preservar o património material e imaterial do Mindelo e de todo Cabo Verde.

“Acreditamos que com este movimento poderemos apresentar uma frente coerente contra a demolição selvática e até apresentar propostas alternativas para as nossas cidades, monumentos e sítios”, avança a comissão em comunicado.
A recém-criada associação já tem um blog cultura-adriana.blogspot.com, um espaço privilegiado de troca de ideias que quer “contribuir para o reforço da democracia cabo-verdiana”.
NC


Arqueólogos Britânicos fazem Novas Escavações na Cidade Velha

15 Fev, 13:39h

Ribeira Grande de Santiago

Cidade Velha, 15 Fevereiro – Estão a decorrer na Cidade Velha novas escavações arqueológicas realizadas por investigadores da Universidade de Cambridge. De passagem por Cabo Verde, em consequência de um protocolo de cooperação com a Universidade Piaget, da Praia, aqueles arqueólogos observaram os achados postos a descoberto durante os trabalhos para a construção da rede de distribuição de água e de saneamento da cidade Património da Humanidade.


A trincheira agora escavada na Cidade Velha situa-se na zona Baixa da urbe, no Calhau, fronteira à sede da Câmara Municipal, não devendo dela ressaltar incómodos especiais para a população e para o comércio e não sendo, para já, necessário interromper o tráfego.

De acordo com a CMRGS, os trabalhos em curso, que têm o acompanhamento do Instituto de Investigação e Património Cultural, suscitam justificada expectativa, esperando-se que deles surjam novas descobertas sobre o passado da Cidade Velha, contribuindo para a valorização do seu Património Material.

O relatório resultante da análise desses achados, confirmando a enorme importância histórica do Berço da Nação, apontou para a necessidade de novas escavações, para o que foi elaborado um programa de trabalhos que teve o acordo da Câmara Municipal da Ribeira Grande de Santiago.

A CMRGS agradece entusiasmo posto nestas investigações pelas Universidades Piaget e de Cambridge, dá total apoio ao interesse manifestado pelos arqueólogos britânicos na pesquisa de novos vestígios da antiga cidade que foi importantíssima encruzilhada de mundos.

Ano Darwin - Uso de ferramentas por primatas não-humanos alarga limites da arqueologia - Cabo Verde

Escrito por Gab/Imagem Uni-CV

Thursday, 06/August/2009

Uma equipa científica propõe o alargamento da arqueologia ao estudo das ferramentas usadas por primatas não humanos e a criação de uma nova disciplina dedicada à evolução nessa área.

Num estudo publicado na revista "Nature", os investigadores consideram que a arqueologia de primatas, a nova disciplina, é essencial para conhecer melhor as origens das tecnologias e da cultura material, e a importância do uso das ferramentas na ordem primatas, disse à Lusa a co-autora Susana Carvalho, portuguesa que integra a equipa de cientistas.

A arqueóloga portuguesa está actualmente na Universidade de Cambridge (Reino Unido) a fazer um doutoramento em arqueologia de chimpanzés, tendo para isso estudado a utilização de ferramentas de pedra por estes primatas em Bossou, na República da Guiné, e comparado utensílios simples usados para partir nozes com as primeiras indústrias de pedra conhecidas de hominídeos.

"A arqueologia foi sempre vista como a ciência que estuda a cultura material em humanos", disse Susana Carvalho. "Agora, a partir da investigação que decorre na Guiné-Conacri, com chimpanzés, e no Brasil, com macacos capuchinhos, é necessário alargar essa noção de arqueologia a todas as culturas de primatas, investigando o seu uso passado e actual de ferramentas em habitat natural", frisou.

É que estes primatas não-humanos deixam para trás um registo arqueológico que, na sua perspectiva, pode ser estudado e escavado com as técnicas arqueológicas clássicas.

Segundo o conhecimento actual, as ferramentas humanas mais antigas datam de há 2,6 milhões de anos. Mas não se sabe exactamente quem foram os seus autores devido à coexistência nesse período de vários hominídeos, sendo que o Australopithecus garhi tem vindo a surgir como o mais sério candidato, em detrimento do Homo habilis.

Ao estudar o uso de martelos e bigornas pelos chimpanzés, Susana Carvalho acha possível saber como terão surgido as primeiras ferramentas, em que contexto, que pressões selectivas terão levado a isso ou por que razão só algumas espécies as usam. "Os arqueólogos terão agora que pensar em como distinguir no registo arqueológico o legado material de humanos e não-humanos", sublinha a investigadora.

Num artigo publicado em Maio do ano passado no "Journal of Human Evolution", Susana Carvalho descreveu a descoberta que fez em Bossou do quebra-nozes de pedra mais complexo construído por chimpanzés.

Esse quebra-nozes era constituído por quatro elementos de pedra, um martelo, uma bigorna e dois calços, quando só eram conhecidos instrumentos com três componentes.

O estudo publicado na Nature apresenta pela primeira vez um quadro comparativo que permite compreender os contextos biológicos, ambientais e sociais da evolução do comportamento dos primatas, através de análises da produção, utilização e acumulação de ferramentas.

Para os investigadores, a selecção de matéria-prima, a distinção das funções das ferramentas, o surgimento da posse e a reutilização preferencial das mesmas ferramentas levantam questões como saber se é possível distinguir entre registos arqueológicos humanos e não-humanos ou se é necessário rever a noção de pré-história baseada no antropocentrismo.

Susana Carvalho participou neste estudo integrada no Pounding Tool Working Group Research, coordenado por Jack Harris (Rutgers University, Museu Nacional do Quénia e Koobi Fora Field School). Faz também parte da equipa internacional do Primate Research Institute da Universidade de Quioto presente em Bossou e do Centro de Investigação em Antropologia e Saúde da Universidade de Coimbra.

Fonte: Publico.pt
Texto: Lusa

Cerro da Vila - Estação Arqueológica

A Casa Islâmica


Os objectos expostos provêm da cidade islâmica de Santa Maria (Faro); em termos museográficos optou-se por simular os espaços de uma casa islâmica, integrando-os para uma mais fácil compreensão. A cronologia dos objectos situa-se entre os séculos X e XIII.

Exposição Permanente no Museu Municipal de Faro

Resumo da Civilização Islâmica

A civilização islâmica ocupa todo o oriente médio (exeto em Israel onde predomina o judaismo) numa boa parte no norte da África , algumas partes da África subsaariana e partes da Ásia.
O islão tem como base a religião muçumana que também é chamada maometana, sendo uma religião monoteísta ou seja ou seja acredita em um único deus.

Enquanto que a civilização ocidental tem como base o progresso industrial em que a maioria dos ocidentais,( alguns poucos estam voltados para o mundo espiritual e tem como objetivo seguir os ensinamentos da bíblia deixando os bens materiais em segundo plano) tem como objetivo principal ganhar muito dinheiro; seja com um negocio muito lucrativo, seja com um ótimo emprego ,na loteria ou em algo em que possa conseguir bastante bens materiais; com a civilização islâmica observa-se o contrário, pois mais de 90% dos islâmicos tem como base um estilo de vida que procura em primeiro lugar seguir o ensino do Alcorão que é o livro sagrado da sua religião.

Existe muitas diferenças entre a civilização ocidental e a islãmica entre muitas delas destacamos , a inferioridade da mulher diante do homem , a mulher é submissa ao homem e tm que ficar em casa cuidando do lar e quando sai as ruas tem que sair com o rosto coberta com um véu , quando eles pegam um ladrão roubando eles cortam a mão do ladrão e da pros cachorros comerem.

O Islamismo

Religião monoteísta que defende a pratica da total submissão ao verdadeiro Deus, Alá. O Islamismo foi fundado por Maomé que aos 40 anos teve uma visão do anjo Gabriel.
O anjo lhe revelou a existência de um só Deus: "Alá". Maomé passou a pregar a nova religião monoteísta baseada no cristianismo, judaísmo e nas próprias religiões árabes.
O Islamismo vem da palavra Islão, que significa total submissão do homem á vontade de Alá, Deus de todo o Universo. O livro sagrado dos mulçumanos é o "Corão", que contém versos recitados e anotações escritas pelos seguidores de "Maomé".
Além de Maomé, Abraão, Moisés e Jesus Cristo também são considerados profetas do Islã. Generosidade com os pobres, piedade, pureza e boas ações são importantes praticas para que a alma se salve. Ála só receberá os dignos e virtuosos, diz o Corão.

Os povos da Península Árabica aceitaram a doutrina de Mohamed "Maomé", e uniram-se em torno de um único governo. Para expandir a fé islâmica e também os domínios árabes, os sucessores de Maomé frequentemente se utilizavam da chamada Jihad, "Guerra Santa". Aqueles que morrerem lutando pela causa de alá irão para o paraíso repleto de prazeres materiais.
Os islamitas costumam orar 5 vezes por dia com a frente voltada em direção a Meca. É proibido a ingestão de bebidas alcoólicas e carne de porco.
O ano de 630 d.C, é considerado a data de fundação do Islamismo. Foi neste ano que Mohamed e seus seguidores, invadiram Meca e destruíram os ídolos da Caaba. Somente um objecto não foi destruído: a pedra negra, um meteorito que, continuou a ser venerado pelos mulçumanos.
A fé islâmica expandiu-se sobre o antigo Império Persa, grande parte do Mediterrâneo, norte da África até chegar a Península Ibérica.

Do ponto de vista ocidental, alguns seguidores do islamismo são considerados fanáticos. Desde os ataques de 11 de Setembro, as Nações Ocidentais deram maior atenção ao grupos extremistas islâmicos.

O Código de Ética - Uma norma mínima para museus

1. Os museus preservam, interpretam e promovem o patrimônio natural e cultural da humanidade;
2. Os museus mantêm acervos em benefício da sociedade e de seu desenvolvimento;
3. Os museus mantêm referências primárias4 para construir e aprofundar conhecimentos;
4. Os museus criam condições para fruição, compreensão e promoção do patrimônio natural e cultural;
5. Os recursos dos museus possibilitam a prestação de outros serviços de interesse público;
6. Os museus trabalham em estreita cooperação com as comunidades das quais provêm seus acervos, assim como com aquelas às quais servem;
7. Os museus funcionam de acordo com a legislação;
8. Os museus atuam com profissionalismo.

http://www.icom.pt/

sábado, 17 de abril de 2010

Estelas decoradas do Museu Arqueológico Providencial de Badajoz

Estela Funerária

A colonização fenícia

A Fenícia foi um antigo reino cujo centro se situava na planície costeira do que é hoje o Líbano, no Mediterrâneo oriental. Esta civilização desenvolveu-se entre os séculos X e V a.C., estabelecendo colónias em todo o norte de África. Uma das colónias fenícias mais importantes desta região foi Cartago.

A chamada Idade do Bronze Atlântica

A chamada Idade do Bronze Atlântica foi um complexo cultural e moderno, compreendido no período entre 1300 a.C.-700 a.C. aproximadamente. Este complexo cultural incluía diferentes culturas Ibéricas, das Ilhas Britânicas e do Atlântico Francês. Foi marcada em especial pelas trocas culturais e económicas das culturas aborígenes sobreviventes que acabaram por se render aos Indo-Europeus da Idade do Ferro (maioritariamente Celtas) no final deste período.


Os seus principais centros aparentam ser Portugal, Andalusia (Tartessos), Galiza e Grã-Bretanha. Os seus contactos comerciais estendiam-se até a locais como a Dinamarca e o Mediterrâneo.

A Idade do Ferro

A Idade do Ferro se refere ao período em que ocorreu a metalurgia do ferro. Este metal é superior ao bronze em relação à dureza e abundância de jazidas A Idade do Ferro vem caracterizada pela utilização do ferro como metal, utilização importada do Oriente através da emigração de tribos indoeuropéias (celtas), que a partir de 1.200 a.C. começaram a chegar a Europa Ocidental, e o seu período alcança até a época romana e na Escandinávia até a época dos vikings (em torno do ano 1.000 d.C).


O período da Idade do Ferro é dividido em período da cultura de Hallstatt e período da cultura de La Tène.

Na Europa Central, a Idade do Ferro se divide em quatro períodos:

Cultura dos Túmulos.

Cultura dos Campos de Urnas (1.200-725 a.C.)

Cultura de Hallstatt (800-450 a.C.)

Cultura de La Tène (de 450 a.C.até à conquista romana).

Na Alemanha os historiadores diferenciam uma Idade do Ferro entre pré-romana e outra romana (cultura de Jastorf).

Em Portugal, então parte da Hispânia, a Idade do Ferro é essencialmente dominada pela ocupação do território pelo Império Romano, embora possamos depender da divisão do período em Idade do Ferro I e Idade do Ferro II, como o fez Armando Coelho na sua obra Cultura Castreja.

A Idade do Bronze

A Idade do Bronze é um período da civilização no qual ocorreu o desenvolvimento desta liga metálica, resultante da mistura de cobre com estanho. Iniciou-se no Oriente Médio em torno de 3300 a.C. substituindo o Calcolítico, embora noutras regiões esta última idade seja desconhecida e a do bronze tenha substituído diretamente o período neolítico (popularmente conhecida como Idade da Pedra). Na África negra, o neolítico é seguido da idade do ferro.


A data de adoção do bronze variou segundo as diferentes culturas:

Na Asia central (Afeganistão, Irã, etc) o bronze chega por volta de 2000 a.C.

Na China, foi adotado na Dinastia Shang.

No mar Egeu estabeleceu-se uma área de intenso comércio do metal , principalmente em Chipre onde existiam minas de cobre, vindo o estanho das ilhas britânicas. Com isso, iniciou-se o desenvolvimento da navegação. O império minóico, substituído mais tarde pelo micénico, surgiu graças a este grande comércio.

Na Europa central, este período iniciou a partir de 1800-1600 a.C., seguido do período 1600-1200 a.C., caracterizado pelo enterramento de cadáveres em túmulos, prática que demonstrava um alto grau de estratificação social.

No Norte da Europa, a idade do bronze inicia-se entre 2000-1700 a.C., nesse período surgiu o comércio de âmbar, muitos petróglifos representando divindades e vida cotidiana, além de armas e jóias.

O final da Idade do Bronze ocorreu entre 1300-700 a.C., caracterizado pela incineração dos cadáveres, prática que continuou na Polónia até aos anos 500 a.C., já em plena Idade do Ferro, no período cultural Hallstatt (700-450 a.C.).

Na península Ibérica

A navegação marítima, que provém do leste do mar Mediterrâneo e das ilhas do Egeu, possibilita a regularidade dos contactos entre o Oriente e o extremo Ocidente da Europa e desta finisterra (fim da terra) a que hoje chamamos península Ibérica.
Esta está finalmente aberta à via dos contactos económicos e culturais que contribuem para a definição da Idade do Cobre ou Calcolítico, sendo que na mesma o uso do cobre generaliza-se há cerca de 4000 anos, época que coincidiu com as construções megalíticas e da Cultura do Vaso Campaniforme, o qual é o símbolo por excelência destas culturas calcolíticas Ibéricas e se caracteriza por uma decoração por áreas do mesmo.

No sudoeste ibérico afloram os chapéus-de-ferro, ricos em cobre, ouro e prata, facilmente exploráveis por uma tecnologia metalúrgica primitiva.

Privilegiam-se os rios como vias de comunicação e há um largo recurso à irrigação artificial, introduzida com a metalurgia que permite aumentar a produtividade de territórios restritos com solos pobres, isso tem como consequência, que as comunidades se restrinjam a um espaço, aumentando assim a identidade de cada grupo, bem como a sua a sua rivalidade e, com ela, a necessidade de defesa.

Deste modo usa-se largamente o arco e a flecha e constroem-se muralhas com torres e bastiões redondos, reflexo de uma arquitectura de combate então em voga, por todo o mundo mediterrânico.

Factores históricos e sociais que deram origem à Idade do Cobre

O desenvolvimento da economia durante o Neolítico conduziu ao desigual desenvolvimento das capacidades de produção e acentuou os regionalismos e a variabilidade dos grupos humanos, este facto ao transformar o mundo em mosaico de diferentes tradições, acrescenta-lhe o engenho dos homens que estão abertos a novas mudanças ou são quem as insere.
Quando os animais começam a ser utilizados para tracção e transporte e não apenas para serem abatidos para alimento, desencadeia-se a chamada "Revolução dos Produtos Secundários", de que o leite e a lã são exemplos, ficando então aberto o caminho para um conjunto de inovações tecnológicas ausentes do Neolítico Antigo, tais como o arado, a roda, o carro de bois, o uso do cavalo para montar e, por último, a metalurgia, estas, reflectem-se de modo fundamental sobre o desenvolvimento agrícola, o comércio à distância e o contacto entre os diversos povos e as suas culturas. Os excedentes alimentares obtidos permitem o aparecimento de artífices especializados e possibilitam a diversidade dos ofícios que se vão progressivamente afastando do trabalho rural, forma-se numa teia social cada vez mais complexa uma nova hierarquia de direitos sobre a propriedade e estratifica-se os estatutos políticos e religiosos.

Desse modo e por causa do novo paradigma económico o controlo dos territórios e das jazidas de minério, bem como dos segredos ligados à produção dos objectos metálicos condicionam decididamente as relações entre os grupos e dos homens entre si, assistindo-se ao aumento da rivalidade entre os grupos, rivalidade essa que está na origem de um comportamento guerreiro que assegura a ordem das coisas, os estatutos adquiridos e a primazia do grupo em relação ao individuo.

Idade do cobre/Calcolitico

Idade do Cobre, ou Calcolítico (do grego Χαλκός, transl. khalkos), "cobre" + λίθος, transl. líthos, "pedra") é um dos períodos da proto-história, situado cronologicamente entre o Neolítico e a Idade do Bronze (aproximadamente 2500 a 1800 a.C.). O termo também pode ser utilizado para denominar algumas sociedades que apresentaram manifestações culturais diferenciadas durante este período.


O bronze é uma liga metálica que compreende o cobre e o estanho, antes de se usar o bronze, usou-se o cobre, a esta época de utilização do cobre, chamou-se calcolítico, não obstante este facto, há quem não aceite esta designação caracterizadora pois argumenta que a fundição de cobre não é mais do que o bronze natural, mesmo assim a mesma utiliza-se pois diferencia os períodos nos quais o bronze era forjado naturalmente da era em que o bronze começou a ser forjado artificialmente e com recurso a estanho. O cobre foi o primeiro metal que o ser humano utilizou e fê-lo há aproximadamente 5000 anos, ou seja, no final do Neolítico.

4000 a.C. - 7. A fase da pré-história é o período da história que antecede o desenvolvimento da escrita (evento que marca o começo dos tempos históricos registrados), que ocorreu aproximadamente em 4000 aC A transição para a "história propriamente dita" se dá por um período ...7. A fase da pré-história é o período da história que antecede o desenvolvimento da escrita (evento que marca o começo dos tempos históricos registrados), que ocorreu aproximadamente em 4000 aC A transição para a "história propriamente dita" se dá por um período chamado proto-história, que é descrito em documentos, mas ou são documentos ligeiramente posteriores ou documentos externos. O termo pré-história mostra, portanto, a importância da escrita para a civilização ocidental.

Proto-História

Proto-História é o período da Pré-História anterior à escrita, mas que nos é permitido conhecer por ser descrito em algumas das primeiras fontes escritas. Praticamente coincide com a Idade dos Metais.
Até o século XIX, era crença geral de que o homem tivesse surgido em poucos milhares de anos. Os estudos arqueológicos mostraram, porém, que a espécie humana passou por um processo evolutivo de dezenas de milhares de anos, desde a fabricação dos primeiros utensílios até os primeiros registros escritos.

Entende-se por pré-história todo o período que abrange a atividade humana desde suas origens até o aparecimento da escrita. A atividade humana inicial foi a predatória, passando depois para a subsistência agrícola.

A proto-história denomina a época de transição que se seguiu, quando as sociedades agrárias reuniram os primeiros elementos para a posterior aplicação da escrita. Sua principal característica foi a substituição da tecnologia da pedra pela do metal.[1]