terça-feira, 25 de maio de 2010

A Escrita Cónia: A Idade do Bronze

“Os trabalhos de Caetano Beirão revelaram-nos uma primeira Idade do Bronze do Sudoeste com fortes influências da cultura mediterrânea de el-Argar, com o coração no sul do actual território espanhol. Mas na época seguinte, designada por Bronze II, já se observa uma individualização na aparição de esculturas cobrindo as sepulturas e em que surgem desenhadas armas e utensílios diversos. Segundo deduz Caetano Beirão, a transição entre o Bronze Final e o Ferro I é pouco definida, uma conclusão a que chega através da descoberta de diversas estelas esculpidas ao lado de outras que já apresentam inscrições e em horizontes temporais praticamente idênticos. Beirão encontra exemplos destes encontros nas estações de Corte do Freixo e de Alfarrobeira. É neste período que surge a Cultura das Estelas Gravadas que tem testemunhos em Ervidel (Baixo Alentejo), Figueira (Lagos) e na necrópole de Bensafrim (Algarve).”

Armas e ornamentos da Idade do Bronze

O Indo-Europeu

O indo-europeu é uma família (ou filo) composta por diversas centenas de línguas e dialetos,[1] que inclui as principais línguas da Europa, Irã e do norte da Índia, além dos idiomas predominantes historicamente na Anatólia e na Ásia Central. Atestado desde a Era do Bronze, na forma do grego micênico e das línguas anatólias, a família tem considerável significância no campo da linguística histórica, na medida em que possui a mais longa história registrada depois da família afro-asiática.

As línguas do grupo indo-europeu são faladas por aproximadamente três bilhões de falantes nativos, o maior número entre as famílias linguísticas reconhecidas. A família sino-tibetana tem o segundo maior número de falantes, enquanto diversas propostas controversas fundiram o indo-europeu com outras das principais famílias linguísticas.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Turistas pagam para trabalhar em escavações arqueológicas em Israel

Em Israel, turistas pagam 25 dólares (cerca de R$ 52) para passar o dia escavando em ruínas do Parque Nacional de Beit Guvrin, em Jericó. Eles não só escavam como peneiram o material retirado dos sítios arqueológicos.

Por ano, de 30 a 50 mil turistas pagam para participar da escavação. A entidade que desenvolve o trabalho arrecada cerca de 1 milhão de dólares anualmente com o projeto, que já acontece há 25 anos. Caso alguma descoberta seja importante, é devidamente catalogada pela instituição.

As ruínas da Terra Santa atraem principalmente turistas cristãos e jovens judeus. Segundo os organizadores, a iniciativa dá a chance de as duas culturas se sentirem mais ligadas às suas origens.

Voluntários para escavação arqueológica

Estão abertas as inscrições para voluntários que queiram participar na 2ª campanha de escavações arqueológicas a decorrer na «casa romana» do Castro de São domingos (área em vias de classificação localizada na freguesia de Cristelos, concelho de Lousada), entre os dias 12 e 30 de Julho de 2010.

Para mais informações:

manuel.nunes@cm-lousada.pt

arqueologia@cm-lousada.pt

http://www.pportodosmuseus.pt/?p=9670

Escavações Arqueológicas em Loulé - Banhos Islâmicos

Em Loulé a população e a autarquia juntaram forças e descobriram os primeiros banhos públicos islâmicos (século XIII) que podem ser vistos a olho nu em Portugal.
A descoberta foi fruto de escavações arqueológicas recentes que hoje conheceram mais um capítulo do trabalho voluntário coordenado por profissionais de arqueologia.
A britânica Rose Oliveira, 48 anos, egiptóloga e a morar há mais de 20 anos no Algarve é apenas uma das várias voluntárias da população louletana que participa nas escavações arqueológicas da cidade algarvia.

Com o objectivo de juntar profissionais da arqueologia e população em geral à roda de artefactos e construções islâmicos arrancou no Verão passado com o Festival do Mediterrâneo (MED) e a sorte bateu nas muralhas da cidade de Loulé, onde pela primeira vez em Portugal se pôde ver de perto os banhos públicos islâmicos.
Além das paredes islâmicas, com um metro e 80 de altura de pé direito, que se encontraram dentro da muralha que contorna a cidade, encontramos também as «instalações dos banhos públicos islâmicos que são os únicos em Portugal que se podem ver», porque embora existam outros só se conhecem através de documentos e outros testemunhos escritos, contou a arqueóloga municipal Isabel Luzia.
A egiptóloga Rose Oliveira e a menina Olívia, 10 anos, também inglesa e voluntária nos trabalhos arqueológicos, estiveram ambas esta manhã com picaretes, pás, colherins e baldes à volta dos banhos islâmicos e nem o frio do Inverno as afastou do serviço.

A pequena Olívia, que assegurou à Lusa sonhar em ser arqueóloga quando crescer, foi aluna de Rose Oliveira e pertence ao Clube de Egiptologia em Loulé. Foi assim, através do clube, que soube como participar voluntariamente nas escavações.
Mas nem só crianças e jovens participam nas escavações de Loulé. Reformados, bancários, famílias inteiras, farmacêuticos e domésticas também gostam de dar uma cavadela e carregar uns baldes de terra.

«Acho isto [escavações] viciante, porque temos sempre a ilusão de encontrar algum vestígio! Além disso é um trabalho que tem de ser feito», explicou Cândida Paz, 64 anos, adepta ferrenha das escavações, não falhando ainda nenhuma das quatro saídas para o terreno, e contabilizando 12 horas de trabalho arqueológico.
Com a «ideia de pôr toda a gente a escavar», uma iniciativa dos serviços de Arqueologia e Restauro da Divisão de Cultura da Câmara de Loulé, o objectivo é fazer do espaço da descoberta daqueles preciosos vestígios islâmicos «um espaço museológico», assegurou o responsável pela Divisão da Cultura de Loulé, Luís Guerreiro.

«Criar um espaço museológico é uma mais valia para o turismo cultural da cidade e nasce exactamente na zona histórica», refere Luís Guerreiro, visivelmente orgulhoso com os achados islâmicos.
Com calçado e vestuário apropriados, além da vacina do tétano em dia - as únicas contrapartidas para ali escavar, - todos os ajudantes ganharam já a sensibilidade de que na arqueologia tem de se ser paciente e que nenhum vestígio tem valor se não for devidamente identificado e guardado em sacos de plástico transparentes.

Uma outra recente descoberta foi a de um esqueleto que se pensa ser de um jovem homem que terá vivido há 800 anos e que durante a conquista cristã terá caído da torre islâmica, junto à muralha, especula a arqueóloga, que aguarda os resultados das análises do Museu de antropologia de Coimbra.

«As descobertas foram todas realizadas dentro da Casa das Bicas, até há pouco tempo habitada e que escondia os banhos islâmicos e colunas góticas no seu interior. As descobertas só estão no início, ainda falta mais de metade da casa para investigar», adverte a arqueóloga com um brilho no olhar.

"Com a parceria da autarquia com a UAlg, os alunos do curso de Arqueologia, tiveram e ainda continuam a ter oportunidades de escavar em Loulé, os banhos islâmicos, descoberto há pouco tempo. Estas escavações servem como uma aprendizagem prática inicial para que os alunos tenham um contacto real com o mundo arqueológico, de maneira a aprenderem e a aperfeiçoarem as tecnicas de escavação, para um futuro arqueológico".